O que fazem os streamers?

16 de dezembro de 2022

Você está fora das gerações Y e Z?

Então já se fez essa pergunta: o que fazem os streamers?

Não se preoucupe. Vamos explicar aqui.

Em princípio, nos últimos anos um novo meio de entretenimento ganhou espaço na internet e conquistou cada vez mais público e adeptos.

De tal sorte, que no início esse novo comportamento atingiu as faixas mais jovens da população.

Contudo, agora está disseminado em todas as camadas da teia social e em todo o mundo.

Em outras palavras, os serviços de streaming passaram a ser bem conhecidos do público em geral.

Porém uma espécie de streaming ganhou seu espaço principalmente entre o público mais jovem

São as plataformas de streaming voltadas aos jogos eletrônicos e ao entretenimento dessa massa populacional que aderiu à prática destes jogos.

Em princípio, estas plataformas de streaming já existem há um certo tempo com diversas empresas promovendo estes serviços ao público gamer preferencialmente, mas não limitado a ele.

A evolução do streaming

De acordo com dados levantados por analistas, os serviços de streaming de jogos eletrônicos tiveram um aumento significativo em seu número de espectadores.

Inegavelmente a pandemia causada pelo Coronavírus – COVID 19 foi um dos fatores que desencadeou essa verdadeira revolução de comportamento

Então surgiu essa nova modalidade de entretenimento.

Ou seja, quarentenas, restrições para saída de casa, home office, distanciamento social entre outros fatores decorrentes da pandemia fizeram com que o público buscasse interagir e acessar entretenimento por meio da intern.

De fato, foi aí que encontraram um canal bastante peculiar, as streams de jogos eletrônicos.

Para entender o que fazem os streamers?

Em suma stream, em breve síntese, são canais hospedados na WEB.

Ou seja, canais que operam em tempo real (ao vivo) nos quais uma ou mais pessoas – conhecidos como streamers – proporcionam entretenimento para o público que os assistem.

Só para ilustrar, é como se fosse um cenário tipo um estádio, um teatro, uma arena, um palco de jogos e outras formas dos mais variados entrenimentos na internet.

Já os atores atuam dos mais diversos lugares e onde o público assiste em casa.

Desse modo, este entretenimento pode vir de jogos eletrônicos online ou offline, leituras, discussões, debates, viagens, e mesmo conteúdo adulto.

Em princípio são transmitidos normalmente da residência do streamer.

No entanto nada impede que seja realizadas transmissões ao vivo.

Isso pode ocorrer durante um passeio a pé, de bicicleta, uma corrida, ou inclusive, para projetos mais sofisticados, dentro de um estúdio.

A variedade de plataformas

Inegavelmente, existem diversas plataformas – que são empresas que disponibilizam este tipo de serviço – nas quais o streamer divulga aquilo que está fazendo ao vivo.

Em princípio na maioria das vezes praticando jogos eletrônicos, mas não só eles.

Como por exemplo podemos referir as mídias sociais, tais como YouTube, Facebook, Twitch, estas as mais famosas atualmente no Brasil.

Assim, vale ressaltar que estas streams não se resumem à jogos eletrônicos,

Mas têm uma amplitude muito maior no qual o seu gênero é o entretenimento e uma de suas vertentes é justamente aquelas ligadas aos jogos eletrônicos.

Portanto, cada uma dessas empresas pratica o seu próprio preço, seja de inscrição, doações, propagandas entres outros.

Elas atingem públicos diferentes, principalmente em razão dos jogos eletrônicos que nelas são transmitidos e do streamer que nela faz transmissões ao vivo

São conhecidas na linguagem própria, como live (ao vivo em inglês).

Como funcinam as LIVES?

Além disso, as empresas que atuam nesse segmento se diferenciam também em suas regras para transmissões, layout, display, acessibilidade, interatividade e em diversos outros mecanismos.

Enfim, por meio destas transmissões ao vivo os streamers recebem doações de seu público, contrapartida das plataformas com uma porcentagem do valor pago por inscrições, publicidade etc.

Só para ilustrar, as transmissões realizadas nos canais, são remuneradas com o tempo de visualização e com merchandising. Estas são as principais fontes decorrentes diretamente das plataformas de streaming.

Ou seja, é um negócio em plena evolução como outro qualquer que dia a dia gira milhões de reais.

Um novo negócio – o que fazem os streamers?

Então, o streamer, assim como os influenciadores digitais, tem possibilidade de obtenção de várias fontes de renda.

Ou seja, não resumem seus ganhos aos recursos que recebem diretamente da plataforma ou aplicativo.

Mas, existem diversas outras fontes, como patrocínios, parcerias, contratação por organização de esportes eletrônicos ou por uma agência de influenciadores digitais, que nestes auxiliam a fim de obtenção de outras formas de receitas.

E tem muita gente fazendo muito diheiro nesta nova modalidade de negócios.

As questões jurídicas que envolvem o streamer

Esse novo modelo de comportamento envolve primordialmente uma nova modalidade jurídica que é o direito do esports

Com toda a certeza, esse novo negócio traz consigo questões jurídicas, como principalmente as relações contratuais, direito de imagem, softwares, hardwares, apóstas desportivas, tributos, etc.

De outro lado uma das questões centrais o mundo que gira no entorno do streamer o direito de propriedade intelectual decorrente da produção de conteúdo digital; e como proteger esse direito via de contratos específicos, detalhados e bem elaborados.

Do mesmo modo, outra dúvida muito frequente diz respeito à necessidade ou não de constituição de personalidade jurídica empresária para operar neste setor

A análise deve ser feita caso a caso.

De acordo com cada modalidade, outra análise fundamental é a questão da remuneração se dar no Brasil ou no exterior, com as implicações decorrentes da moeda usada para pagamento ser, por exemplo, em dólar norte americano.

Tudo isso, na fase inicial, parece não ter relevância. Mas, naturalmente com o crescimento do negócios, se faz necessário um bom planejamento jurídico, para evitar problemas que poderão vir no futuro.

Conceitos de empresa endêmica e não endêmicas

Em primeiro lugar é preciso saber entender o que são empresas endêmicas ou não endêmicas

As empresas endêmicas são aquelas que já fazem parte deste grande sistema e que operam regularmente no mundo digital via as operações de streaming.

Ao passo que as empresas não endêmicas não estão inseridas dentro do que se pode chamar de um ecosistema próprio, mas que eventualmente atuam nele ou inserem seus produtos ou serviços nele, de forma incipiente, ou como futuros operadores.

Então, como referido, esse é um mercado novo, e com potencial imensurável dentro daquilo que hoje se convencionou chamar de disrupção digital.

O metaverso talvez seja a melhor referência deste novo comportamento humano neste momento.

A produção de conteúdo digital que é a essência deste novo negócio, passou a ser uma fonte quase que inesgótável de oportunidades.

Oportunidades de negócios – oceano azul

Com toda a certeza esse novo espaço de atividades humanas gera novas oportunidades de negócios.

Da mesma forma o potencial que os streamers possuem para promover uma determinada marca durante suas lives é imensa e passam a ser agentes não só de formação de conteúdo mas também de branding e marketing

Ou seja, novos atores de publicidade e propaganda.

De tal sorte que cada vem mais agências, marcas e empresas buscam os streamers não só para explorar o negócio em si.

Mas também para expor marcas e divulgar produtos num cenário em que todas as partes tem a oportunidade de ganhar numa mesma medida de acordo com o objetivo da parceria.

De conformidade com cada modelo, podemos falar em contrato de patrocínio de streamers, ou de contrato de publicidade de streamers – em que o streamer recebe para principalmente divulgar a marca da empresa patrocinante.

Além destas empresas, organizações de esportes eletrônicos também possuem enorme interesse em fazer contratos com streamers,

Principalmente em razão de eles jogarem e transmitirem os games (jogos eletrônicos) nos quais as organizações possuem equipes disputando campeonatos profissionais das respectivas modalidades.

Isto faz com que haja uma promoção maior no ganho de torcedores e consumidores destas equipes nestes games (jogos eletrônicos) em especial.

Em apurada síntese, esse é um dos ramos da era digital, que como referido, gerou uma nova especialidade jurídica que o esports que tem como objetivos regular via contratos de streaming as diversas relações deste universo.

Conclusão – O que fazem os streamers?

De fato, é sempre bom lembrar que os atores que atuam nos esportes eletrônicos não necessariamente buscam streamers que joguem jogos eletrônicos que possuam uma vertente de esporte eletrônico.

Há inumeros negócios paralelos nesta constelação de oportunidades.

Como por exemplo: interessados que buscam streamers em outros games justamente para alcançar um público diferenciado e ampliar seu leque de consumidores, torcedores.

Na verdade, todos os adeptos que são consumidores em potencial e geradores de negócios.

A atividade de streamer, é uma atividade profissional que gera trabalho gira muito dinheiro.

A grande maioria dos streamers não estão vinculados – parceiro, patrocinados ou contratados – com organizações de esportes eletrônicos,

Mas muitos já possuem suporte de agências de streamers e criadores de conteúdo.

Estas agências atuam na intermediação e em grande parte, na gestão da carreira destes profissionais, notadamente buscando novas oportunidades de negócio para eles.

Mas existem streamers que seguem de forma individual – que são a imensa maioria – principalmente por ainda não possuírem um público e uma comunidade grande e consolidada.

Mas isso não quer dizer de modo algum que eles também não recebam diversas propostas comerciais.

Sem a intenção de explorar e exaurir todo o cenário dos streamers, apresentamos um breve relato de quem são os streamers

Ou seja: como surgiram, como funciona o negócio desempenhado por eles e algumas implicações jurídicas.

Mais cedo ou mais tarde no decorrer de sua jornada profissional os streamers e todos os players envolvidos nesta nova e promissora modalidade de negócios terão que buscar amparo jurídico para potencializar seus ganhos.

Conheça, então o esport como uma nova especialidade jurídica que tem sido muito incentivada junto ao núcleo do Direito Desportivo da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes Advocacia.

Assista ao vídeo “O que fazem os stremears” no nosso Canal no YouTube.

Matheus Freiberger Rosa
Advogado Mestre em Direito Desportivo Internacional
(OAB/SC 45.748)
matheus@nkadvocacia.com.br

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